Vencendo as dificuldades
01/11/2013 15:44Olá querido leitores, é de enorme honra ter vocês neste canal de comunicação.
Nossa matéria hoje é de uns dos jogadores mais bem sucedido de nossa cidade e região, trata-se do cigano da bola Nilson Esidio (Pirulito). Cigano porque jogou em muitos clubes (27) e pirulito por causa da sua altura.
Nilson veio de uma família que embora muito humilde, de caráter exemplar. Teve uma infância dura, pois logo cedo teve que ir trabalhar na lavoura ( Corte de cana ). Porém o futebol era seu lazer nos finais de semana. Jogar futebol para quem gosta sempre é um prazer e com ele não foi diferente, mas, além disso, era a oportunidade que tinha no momento de se livrar da vida dura.
Logo se percebeu o faro de gol desse grande atleta. Recebeu uma oportunidade no Sertãozinho F.C que na época tinha como presidente SR Menezes Balbo, diretor da Usina em que Nilson morava e trabalhava.
Amigos conta que em uma transação onde envolvia dois craques da cidade, Vanzela e Cuca do Sertãozinho F.C para XV Jaú, encaixaram Nilson como contra peso. Porém embora Vanzela e Cuca tivessem sua carreira bonita e de algum sucesso, Nilson foi aquele que decolou, fazendo um campeonato incrível no XV Jaú, sendo artilheiro do campeonato que disputava, Sendo alvo do Internacional de Porto Alegre. Clube este que fez história.
Conheci Nilson através de seu irmão Marcelo ( Formigão ) logo percebi sua humildade, anos mais tarde pude testificar isto no Santa-ritense, pois quando estava de férias ou a passeio por Santa Rita, sempre treinava com a gente e nos vestiários falava e respeitava todos, nem parecia ser a pessoa importante que era. A única coisa chata era que ele acabava com o time titular (risos), era a única vez que o time banguzinho ganhava os coletivos rsrsrs.
O status de grande jogador e as glorias das conquista jamais venceu sua humildade, sua vida discreta revela isto.
Hoje já aposentado do futebol, é um promotor de eventos esportivo mostrando que não é apenas bom de bola, mas também um grande empresário, além de participar da equipe máster do Corinthians onde viaja o Brasil fazendo apresentações.
Com uma carreira linda o artilheiro é destaque da cidade de Sertãozinho.
Em fevereiro de 1989, ele fez dois gols pelo Inter no Gre-Nal do Século. Valeu vaga na final do Brasileirão. O jogo é uma das maiores chagas que os gremistas carregam. Dez meses depois, uma cena surreal no aeroporto: a torcida tricolor recebeu o carrasco nos braços.
E Nilson correspondeu. Foi o artilheiro do hexa gaúcho. Da relação de amor e ódio sobreviveu um ídolo.
Ter sido herói e vilão das duas torcidas gaúchas em tão pouco tempo pode render glórias a Nilson. Afinal, renderia um bom filme, um bom livro. E o lançamento, quem faria?
O personagem responde:
– Hoje sou promotor de eventos! E me orgulho do que fiz por Inter e Grêmio.
Nilson, aos 44 anos, mora em São Paulo. O futebol serve apenas de diversão nos sábados, quando veste a camisa do máster do Corinthians.
A rotina é diferente comenta o idolo:
– Vivo no celular, agendando shows musicais e eventos esportivos.
O futuro de Nilson, porém, deve mudar em breve. Pretende aventurar-se na vida de treinador.
– Mas farei cursos. Não adianta só ter jogado. É preciso saber gerenciar pessoas – afirma Nilson.
- Vestiu três camisas a cada dois anos
E contatos não faltam. Em 18 anos, vestiu 27 camisas – média de três clubes a cada dois anos, com passagens por Peru, Espanha e México. Atuou em nove dos 20 clubes que hoje estão na Série A.
O craque comenta que: - A inflação era alta, e fazia contratos curtos para não perder grana.
Hoje, mantém esta prudência nos negócios. Azar seu que, num grande momento da vida, caiu em tentação. Foi antes de bater o pênalti que poderia valer vaga ao Inter na final da Libertadores de 1989. Contra o Olímpia, quando estava 2 a 2, Nilson perdeu um pênalti. O empate já bastava ao Colorado. Mas o time paraguaio fez 3 a 2 e ganhou nas penalidades.
Nilson afirma que uma voz lhe disse para bater na direita. Mas sempre batia no canto esquerdo! Ouviu a voz e errou. Agora, diz que só segue suas convicções.
- Ficha do ídolo
- Nome: Nilson Esidio, 44 anos (19/11/1965, em Santa Rita do Passa Quatro-SP)
- Onde mora: São Paulo, com a mulher Marielza e os filhos Lucas e Larissa
- O que faz: empresário de eventos
- Ano da estreia: 1985, Sertãozinho-SP
- Ano do adeus: 2003, Nacional-SP
- Clubes como atleta: Sertãozinho, Platinense-SP, Ponte Preta, XV de Jaú-SP, Inter (1988 a 1989), Celta/Esp, Grêmio (1990 a 1991), Portuguesa, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Albacete/Esp, Valladolid/Esp, Palmeiras, Vasco, Tigres/Mex, Atlético-PR, Sporting Cristal/Per, Atlético-MG, Santo André, Universitário/Per, Santa Cruz-PE, Rio Branco-SP, Portuguesa Santista, Sorocaba-SP, Flamengo-SP e Nacional
- Títulos no Grêmio: Gauchão e Supercampeonato Nacional (1990)
- Títulos no Inter: nenhum
- Fundo do baú
- O jogo da vida: pelo Inter, é o Gre-Nal do Século (12/2/1989, semifinal do Brasileirão). Vencemos de virada, com dois gols meus. Pelo Grêmio, me orgulho de dois clássicos que ganhamos por 1 a 0 com gols meus em 1990.
- Alegria no futebol: ter vestido 27 camisas e feito gols com todas elas.
- Se pudesse voltar no tempo: não bateria aquele pênalti contra o Olimpia do Paraguai (semifinal da Libertadores de 1989). Foi uma noite muito triste após a eliminação.
- Aprendizado na pior derrota: aprendi, naquele desastre contra o Olimpia, a ser mais convicto e decidido sobre executar no jogo o que treinamos.